Empresas desaproveitam deduções de IRC e IVA de más cobranças
Em entrevista ao Vida Económica, Carlos Alexandre, auditor jurídico da JM Ribeiro da Cunha & Associados, diz que dedução fiscal de créditos de cobrança duvidosa e de créditos incobráveis pode traduzir-se numa “assinalável poupança fiscal”, nem sempre aproveitada pelas empresas.
Segundo Carlos Alexandre, o estado onera as empresas que enfrentam problemas de boa cobrança, mas existem mecanismos legais que permitem mitigar o ónus fiscal, nomeadamente através do reconhecimento dos gastos com as imparidades e da recuperação do IVA liquidado nas operações.
Infelizmente, a prática do auditor diz-lhe que muitas empresas desconhecem estes mecanismos, deixam passar os prazos estipulados para a dedução dos créditos em sede de IVA ou de IRC ou não preenchem os requisitos corretamente, sujeitando-se neste caso à posterior correção ao lucro tributável por parte da AT, que pode desconsiderar as deduções e mesmo lugar à aplicação de coima – “o que poderia e deveria constituir uma importante poupança fiscal é, na verdade, uma contingência”, conclui Carlos Alexandre.
Clique no link para ler a entrevista no Vida Económica, especialmente relevante num contexto em que a crise económica decorrente da situação de pandemia aponta para um “crescimento exponencial” das situações de incumprimento.